quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A hora de obedecer: para o cão e para o dono.

Vantagens do adestramento canino e normas que o dono também precisa aprender.




Seu sonho é ter um animal de estimação. E a paixão por cães é enorme. Depois de muita pesquisa, opinião e amigos e visita aos pet shops para admirar os possíveis novos companheiros, você ainda precisa perceber as necessidades de cada raça e saber se estão de acordo com a estrutura oferecida pelo local onde mora. Feito tudo isto, é chegado o grande momento: aquele filhote lindo chega ao lar, tomando conta das atenções, recebendo excessivos carinhos, passando a ter direito ao máximo tempo de folga disponível para brincar, passear e ganhar o cafuné. Ganha uma cama, inúmeros brinquedos, alimentação especial e até um álbum de fotos.


O cenário é perfeito, mas só dura até que ele comece a pular nas pernas, latir para tudo e para todos, deixar xixi por toda a casa e se esforçar para dar novas formas às roupas e sapatos que, por acaso, ficaram fora dos armários. Além de tudo isso, não está nem aí para os pedidos falidos de “vem”, “para”, “quieto” ou “senta” dos donos. Pode parecer o fim do mundo, ou ao menos da alegria de ter um bichinho (ou bichão) de estimação. Mas não é!


A solução mais precisa aos problemas desta falta de jeito é o adestramento, que a partir de fatores como emoção, motivação e ambientação podem diminuir as manias negativas do cão e, positivamente, melhorar a relação com a família.

Cada caso, um cão.
São inúmeras as raças de cães existentes e, ainda, entre os indivíduos de cada raça também há temperamentos diferentes, ligados ao cotidiano do ambiente onde vivem e o perfil das pessoas ou de outros animais que habitam o local.

“Para todos os cães existe uma forma de adestramento, mas seguindo os mesmos princípios”. Quem afirma é o cinotécnico e adestrador Marco Aurélio Thompson. O profissional, que atua com cães na Polícia Militar de Blumenau, relata que a forma correta de trabalho, com qualquer animal, é o despertar de interesse e o desenvolvimento do raciocínio lógico.

Especializado no trabalho com os cães de grande porte que atuam no faro de entorpecentes e proteção de policiais em abordagens, Thompson aponta que a base de adestramento é igual para todas as raças, seja para um cão doméstico ou para aqueles que irão atuar em alguma função específica.

Seja para um pequeno York Shire Terrier ou um robusto Afghan Hound, são necessárias as fases pedagógica, de fixação e de aperfeiçoamento.
Mas não é só por parte do cão que surgem os melhores relacionamentos. É preciso que o dono, ou donos, também colaborem. Exemplo disto é evitar ações e manias que desiquilibrem o adestramento. Seguir corretamente as fases é ter mais benefíciocom melhores prazos.

Para o cão.
Se a aplicação dos ensinamentos for correta, sem desvios, o cão responderá de forma mais rápida aos comandos, aliando prazer à realização dos pedidos. Em pouco tempo será possível perceber mudanças no comportamento, melhorando o convívio nos locais aos quais está acostumado.

Para o dono.
O adestramento proporciona ganho sem qualquer uso de violência contra o animal e as atitudes corretas do cão também modificarão o comportamento do dono, que estará mais suscetível à companhia de quatro patas, fortalecendo o vínculo entre ambos. Isso porque, uma vez que a presença do dono represente sensações de desconforto ao cão ou associação a negativas, o relacionamento certamente ficará abalado. É o chamado reforço negativo e se opõem às técnicas que trabalham com a inteligência do animal, sem dor e sem medo.

O cão tem direito a não gostar de algo.
Assim como os humanos, o cão pode ou não gostar de algo. Estão inclusos aí espaços do ambiente onde vive, tipos de alimentação, formas de tratamento, brincadeiras que possam machuca-lo entre outros. É preciso lembrar que adestramento não é uma forma de exigir que o cão aceite tudo que o dono quer. Afinal, você precisa conhecer bem o amigo peludo para que ele se torne seu fiel companheiro.

Adestrador, salve nossas vidas!
Se você percebeu que a convivência entre o seu animal e você ainda tem salvação, procure um adestrador. Seja em qualquer fase da vida, a partir dos 50 dias de vida ou já velhinho, o cão pode ser treinado para ações simples ou mais complexas.

Muitos adestradores trabalham com planos ou por sessões com um mínimo de horas para cada atividade. Os comandos básicos também podem ser aprendidos separadamente dos mais complexos.

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