Grande parcela da população ainda mantém a cultura de alimentar os
pets com comidas preparadas para humanos, ou industrializados de baixa
qualidade, por terem preços baixos. Esta forma de alimentar foge do que é
realmente necessário para o crescimento e a qualidade de vida do animal,
mostrando, a médio e longo prazo, que se trata de medida antieconômica e pouco
eficaz .
(Médica veterinária, Ana Beatriz, da Agrosul Catarinense, em palestra)
No caso dos cães, por exemplo, além de não ajudar no desenvolvimento
estrutural do corpo, o hábito pode levar a sérios problemas de saúde. Isso
porque a alimentação caseira tem composição química incerta, temperos, balanço
nutricional e volume inadequados.
Mesmo quem já aderiu ao uso de alimento industrializado Super Premium,
às vezes tem uma recaída e acaba utilizando um docinho ou algo salgado como agrado
ao companheiro de quatro patas. “Isto não é correto” afirma a supervisora
técnica da Agrosul Catarinense, Ana Beatriz da Silva. A médica veterinária
defende o uso exclusivo de produtos desenvolvidos conforme necessidades
específicas de cada animal.
Ao mesmo tempo faz um alerta: “nem todos os alimentos industrializados
produzidos para os animais têm todos os nutrientes necessários para um bom desenvolvimento”.
Existem rações que fornecem nutrientes em quantidades abaixo do necessário,
contribuindo apenas para a sobrevivência do animal, por vezes levando a doenças
como obesidade, sem nutrir adequadamente.
Por outro lado, há aqueles alimentos que disponibilizam todos os
diferentes tipos de nutrientes essenciais e em quantidades precisas,
satisfazendo as necessidades animais e contribuindo para o bem-estar diário, longevidade
e qualidade de vida, com muita saúde.
“É preciso também estar atento às diferenças entre cada animal. No
exemplo dos cães, há muitas raças diferentes e até misturas delas e cada uma
delas têm suas peculiaridades. Para que o cão tenha um desenvolvimento saudável
é preciso fornecer a ele uma dieta balanceada e nutritiva, além de apropriada”
destaca a especialista.
É por isto que empresas alimentícias como a Royal Canin realizam constantemente
pesquisas e oferecem ao mercado alimentações que estão sempre o mais próximo
possível das necessidades de cada raça, porte, fase da vida ou necessidades específicas.
“Uma alimentação desbalanceada para filhotes, pode causar problemas ao
animal adulto que a consome. É por isto que hoje a melhor escolha é o alimento
que responda com exatidão às características do animal, abraçando todas as
necessidades dele”, relaciona.
Os alimentos específicos também passam a ressaltar os melhores
aspectos de cada raça, ao mesmo tempo em que impedem ou retardam o aparecimento
de
características indesejáveis.
Se você está decidido a mudar a alimentação do seu cão, comece aos
poucos. Mudanças bruscas podem afetar o organismo dele. Faça a troca,
misturando o alimento atual com a nova ração. Gradativamente vá diminuindo o
alimento que ele estava acostumado e aumentando a porção do novo.
Procure também a orientação de um Médico Veterinário. Converse com a
equipe do pet shop, pois o cão, muito habituado aos palatabilizandes
exageradamente reforçados e artificiais de alimentos econômicos, pode resistir
a esta troca. Com as informações e dicas que os especialistas podem repassar, o
processo ficará mais fácil e seguro.
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